terça-feira, 27 de setembro de 2011
A verdadeira e única saída para os pedestres e ciclistas de São Paulo!
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Morre em acidente automobilistico jogador que fez gol de penalti de calcanhar
O jogador dos Emirados Árabes Unidos que se tornou uma sensação na internet no início deste ano ao marcar um gol de pênalti cobrado com o calcanhar [ ver abaixo ] morreu em um acidente de carro. Theyab Awana, de 21 anos, faleceu após o carro em que estava bater em um caminhão na noite de domingo quando voltava para Abu Dabi após participar de um treino da seleção em Al Ain.
Awana era considerado uma estrela em ascensão na seleção dos Emirados Árabes Unidos. Ele se tornou mundialmente conhecido ao marcar um gol de pênalti em triunfo da equipe por 7 a 2 sobre o Líbano em julho. Ele correu até a bola antes de girar a finalizar com o calcanhar direito. O vídeo do lance no YouTube já foi visualizado mais de 1,2 milhão de vezes.
As estradas do país estão entre os mais perigosos da região, com o goleiro da seleção sub-23 tendo se ferido gravemente em um acidente no ano passado. O treino desta segunda-feira da seleção foi cancelado para que o grupo possa acompanhar o funeral do companheiro, que defendia o Baniyas, dos Emirados Árabes Unidos. A seleção volta a jogar em 11 de outubro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, contra a Coreia do Sul. ( REPORTER DIÁRIO )
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domingo, 25 de setembro de 2011
Efemérides: "Nevermind", Nirvana, 20 anos
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Prestes a ser engolido pelo mar, Kiribati poderá mudar para ilha artificial
Notícia já tem uns 15 dias, mas não deixa de impressionar...
Reflexões acerca de um assunto sério
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Tradição em risco: crise econômica portuguesa leva padres a pedir que não se jogue mais arroz em noivos
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Parece história de Edgar Allan Poe: vivia, apesar do atestado de óbito dizer que não

Médico atesta óbito de paciente viva no Rio de Janeiro
Um médico do Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense, atestou o óbito de uma paciente que estava viva. Rosa Assis, de 60 anos, já tinha sido levada para o necrotério do hospital quando parentes descobriram que ela não havia morrido. Isso ocorreu quando eles faziam o reconhecimento do corpo. A secretaria estadual da Saúde informou que abriu uma sindicância para apurar o caso.
Rosa tinha sido levada para a emergência do hospital na manhã de sexta-feira com diagnóstico de pneumonia. Ela já teria sofrido derrames e respirava com a ajuda de aparelhos. Após alguns testes, o médico de plantão teria assinado no prontuário da unidade a morte da paciente. Com base nesse documento, o chefe do plantão emitiu uma declaração de óbito e Rosa foi levada para o necrotério. A família descobriu que ela estava viva às 22 horas. Rosa teria ficado cerca de duas horas dentro de um saco plástico. Em seguida, ela foi levada para o Centro de Tratamento Intensivo.
O médico que atestou o óbito pediu demissão e a enfermeira foi demitida, informou a direção do hospital. Segundo a polícia, os responsáveis podem ser autuados por lesão corporal, se comprovada a negligência. ( RD )
VEJA TAMBÉM:
Hospital abre sindicância após idosa ser achada viva em necrotério - TERRA, 24/09/11
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Torcida do Juventus é maior: cidade de São Paulo contará com 2400 fiscais em 3 turnos e uns mímicos para fazer os motoristas respeitarem o pedestre! AHAHAHA, vão sonhando!
Irlanda: arqueólogos encontram esqueletos de "mortos-vivos"
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Quadragésimo-segundo praticante de bruxaria é decapitado na Arábia Saudita em 2011. O mundo não pediu que lhe dessem clemência.
NOTA DO BLOG: Sim, amigos, estamos insinuando que se este camarada fosse decapitado no Irã, pelo mesmo motivo, toda a "opinião pública progressista, democrática e ocidental" estaria exigindo represálias contra o país dos aiatolás. Os jornais, revistas e sites brazucas exigiriam que o Brasil denunciasse o Irã à ONU e também o corte de relações diplomáticas. Muita hipocrisia, tudo para ajudar o sionismo israelense e os EUA.
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Nicholas Cage, um vampiro com mais de 140 anos de idade?
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Estudo diz que maioria esmagadora de islandeses acredita em fantasmas e elfos. Depois da quebra do país, iriam acreditar em economistas?

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Imbecis "esquecem" que Prefeitura paulistana jamais fiscalizou calçadas do "Cidadão de Bem" como se deve e acham nova lei "abusiva"

Agora, ainda não me ficou claro se as calçadas propositadamente mal-construídas, atravessadas por rampas, aclives, declives e degraus foram contempladas na nova lei. Uma calçada poderá estar quebrada por razões como chuvas e, neste caso, o proprietário pode até ter dado mole, empurrando a situação com a barriga. Até entendo, juro.
Se os imóveis mais velhos contavam com a negligência da Prefeitura, e mantiveram os tais acidentes geográficos em seus passeios, por costume, que seja, as imobiliárias e construtoras parecem ter contado com a muita sorte para construirem, AGORA, imóveis já com estes acidentes como parte, PARA SERVIREM AOS AUTOMÓVEIS. Digo, o poder público, seria de se esperar, ficaria de olho, monitorando, para que os procedimentos estivessem de acordo com os novos tempos, mas não foi isso que se observou. A menos que haja uma Indústria da Propina que tenha fechado os olhos para o que vem ocorrendo nos lançamentos imobiliários sob sua supervisão. O que eu não duvido de jeito nenhum.
Os detratores - que fingem ignorar a incompetência / negligência suspeita da Prefeitura, no caso da fiscalização de calçadas impecáveis porém ilegais, e "esquecendo" que os cidadãos que têm mantido as calçadas nessas condições sem medo de fiscalização - agora ousam cobrar que as calçadas públicas quebradas também sejam "autuadas". É muita má-fé, muita desonestidade e muita canalhice. Não dá nem mais vontade de sair de casa.
Prefeitura de SP aprova lei que aumenta multa para calçadas danificadasOs proprietários de imóveis que não manterem seus trechos de calçadas em condições adequadas pagarão multas mais caras na cidade de São Paulo. Antes, a pena variava de R$ 96,33 a R$ 481,65, de acordo com o tamanho dos danos, agora, serão R$ 300 por metro linear.
No último sábado (10), foi publicado no Diário Oficial a sanção do prefeito Gilberto Kassab ao Projeto de Lei 409/2010, que estabelece os novos valores. O projeto também cria na cidade de São Paulo o serviço “Disque-Calçadas”, de acordo com a Câmara Municipal de São Paulo.
Denúncia facilitada - Segundo a nova lei, de autoria do vereador Domingos Dissei (DEM), se um imóvel tiver um trecho de calçada com 5 metros e, nesta área, tiver um buraco, mesmo que pequeno, o proprietário ou o inquilino deverá pagar uma multa de R$ 1.500. Os valores serão anualmente corrigidos, acompanhando a variação do IPCA ( Índice de Preços ao Consumidor Amplo ).
Em relação ao Disque-Calçadas, o projeto pontua que este será um serviço de atendimento telefônico e eletrônico para que os munícipes denunciem os passeios públicos em más condições. Atualmente, as reclamações só podem ser feitas nas subprefeituras, que também fiscalizam e cobram dos proprietários as mudanças necessárias.
Justificando a pertinência da multa mais cara para as calçadas inexistentes ou em má conservação, o vereador Dissei explicou que é importante que todo o proprietário se certifique que o passeio de sua responsabilidade esteja em condições adequadas para quem passa por ele. Se o proprietário não se preocupa, a lei existe para obrigá-lo a isso, garantindo os direitos dos cidadãos.
O Executivo tem um prazo de 120 dias para regulamentar a lei, a partir da data da publicação no Diário Oficial, e só depois desse prazo as multas serão aplicadas.
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Blog BFI cada dia mais preocupado com o lixo paulistano. Flagrante na avenida Paulista mostra a que ponto chegamos!
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sábado, 17 de setembro de 2011
Levaram cadáver de amigo para balada. O morto foi quem pagou as despesas
A verdade está de volta, no TCM...
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Da série "Nos outros países é sempre melhor": Nos EUA, mulher foi demitida por demorar em retornar ao trabalho após DOAR RIM AO FILHO!
Claudia Rendon atrasou-se alguns dias na recuperação
Uma mulher norte-americana, de 42 anos, foi despedida por demorar muito tempo a regressar ao trabalho. Claudia Rendon trabalhava numa empresa em Filadélfia, estado da Pensilvânia, e suspendeu a actividade laboral para doar um rim ao filho.
Claudia Rendon pediu licença médica em Julho e deveria regressar ao trabalho a 1 de Setembro, segundo a reportagem da cadeia de televisão 'Fox'. Em casos normais, a recuperação deste tipo de intervenção obriga a uma paragem de oito semanas. Durante o processo, a empresa induziu a mulher a assinar uma declaração em que reconhecia que o seu posto de trabalho não estava assegurado.
A 24 de Agosto, Claudia Rendon fez uma visita casual ao local de trabalho e informou o patrão que não sabia se poderia regressar a 1 de Setembro, devido às fortes dores de costas que sentia. O hospital da Pensilvânia, onde mãe e filho foram assistidos, enviou uma carta à empresa, informando que a mulher estaria apta para regressar ao trabalho no dia 12 de Setembro. Mas para o patrão já era demasiado tarde. No dia 8, Claudia regressou ao local de trabalho e descobriu que o seu posto já estava ocupado.
Claudia Rendon garantiu, em entrevista ao canal ABC, que estava disposta a regressar ao trabalho a qualquer altura. “Se eles me tivessem dito para voltar naquele dia, eu teria voltado”, afirmou. A empresa alegou que tinha direito legal para demitir a funcionária.
Quem não esconde a indignação e o descontentamento é Alex Rendon, filho de Claudia. “Ela salvou a minha vida”, disse, perguntando: “Quem mais pode dizer que a sua mãe lhe deu a vida duas vezes?”. ( CM )
NOTA DO BLOG: Se isso ocorreu mesmo, é algo a ser estudado por nós. Deve ser este tipo de atitude que fez com que os EUA chegassem ao patamar de 1º.Mundo ao qual tanto ansiamos atingir. Paraíso na Terra, meu amigos.
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Cuba: grupo "disposto a morrer por Jesus" se refugia dentro de igreja evangélica para rezar contra o homossexualismo e a "idolatria ao Diabo" que imperam no país!!

Um grupo de 60 pessoas está vivendo dentro de uma igreja evangélica [ no mapa, acima ] em Havana, capital de Cuba, há três semanas.
As autoridades disseram que não pretendem intervir, já que todas estão lá por vontade própria [ Nota deste blog: Peraí! Isso quer dizer que há respeito à liberdade de culto naquele país? ], de acordo com a imprensa estatal cubana. O governo mandou uma equipe médica para avaliar o grupo, que possui 19 crianças e quatro mulheres grávidas.
Alguns familiares das pessoas estão preocupados, depois que um dos integrantes do grupo disse que eles estariam "dispostos a morrer por Jesus".
O grupo é liderado pelo pastor Braulio Herrera, que foi expulso da sua Igreja há um ano e meio. O filho do pastor, que está dentro da igreja, disse que o grupo está rezando contra os pecados da ilha, que segundo ele incluem "idolatria ao diabo e homossexualidade". ( Folha / BBCBrasil )
Ciência para a sua segurança: suas expressões faciais podem nos revelar as mentiras que você anda contando, graças a esta impressionante aparelhagem
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Pesquisa mostra que molecada acredita em propaganda, acha que ela "fala a verdade e reflete a realidade" e passa a beber por causa disso!!
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terça-feira, 13 de setembro de 2011
Trânsito + Hostil em: "E tem quem chame isso de 'acidente'..."

A essa altura do campeonato, muita gente deve ter escutado a notícia do camarada que vinha pela Marginal a 140km/h, perdeu o controle do veículo, que capotou, bateu numa mureta e chegou a atingir um carro da PM, ferindo dois policiais. O rapaz, que estaria sem o cinto de segurança, foi jogado pela janela e CAPUT!. Por pouco o garoto, de uns 20 anos, não matou também sua namorada, que estava no banco do passageiro.
Parece que o testemunho da acompanhante é válido, então é fato que o cidadão pisava fundo e o carango chegara a 140km/h. Ainda segundo a moça, o piloto foi pegar uma carteira ( !!? ) no bolso e isso teria feito ele perder o controle sobre o carro. De acordo com o relato da namorada, o rapaz disse que estava acostumado a dirigir daquela maneira [ VER AQUI ], o que corrobora, ainda mais, nossa teoria ( já nem é mais "teoria" ), de que a "Indústria da Multa não Existe".
E, sem fugir do script manjado, parece que o dito cujo havia ingerido bebida alcoólica. Se bem que isso ainda não ficou muito claro para mim, pois há versões ligeiramente conflitantes. AQUI diz que ele bebeu "duas garrafas de vinho" ( a primeira versão que escutei ) e AQUI, que ele "havia ingerido bebida alcoólica".
Desculpe a sinceridade, mas "better you than me", em português claro. Veja, costumo dizer que, depois que resolvêssemos todos os problemas decorrentes da canalhice atávica do motorista paulistano, ainda restaria o problema de morarmos em uma cidade completamente entulhada de automóveis, extremamente poluída, carente de transporte público de massa - exatamente pelo fato dos governos governarem de acordo com o desejo automobilístico-fanático da população eleitora. Que uns e outros usem seus carros como quem porta uma UZI, isso é mero detalhe.
domingo, 11 de setembro de 2011
Fenômeno inexplicável: faixa de pedestres torna usuário invísível em São Paulo!
FENÔMENOS
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Ex-modelo ( linda! ) Claudia Schiffer chamou equipe de exorcistas para livrarem sua mansão de assombrações fantasmagóricas
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Ruy Castro: "Pusemos nossas cidades a serviço dos carros, e deu no que deu..."
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Repórter da Globo diz que TV condena suspeitos de cometer crimes: "É uma forma de condenação, moral, não penal."
Marido virgem pede anulação do casamento ao descobrir gravidez da esposa
Citada na ação, a esposa contestou a alegação do marido. Durante a audiência, porém, reconheceu os fatos, dizendo que, durante o namoro, estava convertida e congregava em uma igreja evangélica. Disse que, com base em sua crença religiosa, convenceu o noivo de que não podia manter relações com ele antes do casamento.
Ainda de acordo com a esposa, ela casou-se grávida, mas só descobriu a gravidez durante a lua-de-mel, e assumiu que o esposo não podia ser o pai. Para a juíza, o depoimento pessoal da requerida é prova da existência de um dos requisitos para a anulação do casamento.
A magistrada determinou a expedição de documentos necessários para que o cartório anule o casamento e condenou a esposa ao pagamento das custas e despesas processuais, além dos honorários advocatícios.
Autor: Thaís Romão
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Jaz São Paulo: vermes querem que o pedestre seja multado. Morram, lixos malditos! ( E mais: "O totem do Capital" )
O bom de você não ser politicamente correto, é que você pode botar um título como este sem medo de perder leitores ou coisa que o valha. Se acreditamos no que pensamos, temos obrigação de dizer e escrever, sob o risco de desenvolvermos uma úlcera. O ruim é que não encontro - não que não exista - maneiras de demonstrar todo o desprezo que tenho pelas vidas destas pessoas. Por sua mesquinhez e entrega total ao que já foi chamado uma vez de "totem do capital" ( Edição 441 da rev Carta Capital, Abril de 2007 ). Elas simplesmente nasceram em um mundo em que possuir um automóvel faz parte de todo o sonho de vida de alguém, sem questionamentos. Se, imagino, ao surgirem os automóveis, surgiram também as primeiras críticas e resistências tanto ao veículo quanto ao futuro que se desenharia quando estes passassem a rodar cada vez mais nas cidades, com o passar do tempo, as comunidades foram se acostumando a eles. Ao barulho, a poluição e, pior, ao ritmo. Se eu soubesse desenhar direito, pensei num cartoon que aludiria ao filme Tempos Modernos do Chaplin, só que tendo os carros como ameaça. Veja você que todo seu ritmo de vida é ditado pelos automóveis, bastando para isso sair portão de casa afora. Você tem que ter permissão para andar, para caminhar, quando e onde, e qual tempo levará para atravessar a rua. A necessidade da permissão não existe formalmente, mas na prática. Você tem um tempo exíguo para cruzar de calçada para calçada e, se demorar, terá que sair correndo, em vez de ter o tempo para atravessar NO SEU RITMO.
São décadas e décadas e muito deve ter se falado e discutido sobre o papel do carro na vida urbana e isso deve ter em algum lugar, mas não me disponho a procurar ( O que me interessa saber, no momento, é como ele, automóvel, fez para que as cidades tomassem o rumo que tomaram, em termos geográficos e de distribuição e uso dos espaços. Mas não quero nada acadêmico. Quero leveza e praticidade. ), pelo menos não agora. Sei que quando surgiram eram brinquedos para ricos exibirem. Depois, tornaram-se populares. Com a Crise do Petróleo, os antigos automóveis bebedores tiveram que ser substituídos por modelos mais econômicos. Mas as cidades não mudaram. Continuaram dando a prioridade ao transporte individual. Viadutos, avenidas, marginais. Cimento e concreto. As casas que vejo, atualmente, comportam vagas para até três carros. Derrubam as casas velhas, aquela que ainda possuiam jardins, árvores e flores ( logo, "terra" ), botam cimento por tudo, impermeabilizam tudo, e ajudam a inundar a cidade, além de prejudicar o ar. Depois, ficam querendo que a Prefeitura gaste nosso dinheiro de impostos para construir parques e reclamam que "não há verde na cidade". Muita hipocrisia, vê-se.
Um apartamento ou casa sem vaga ou garagem têm preços menores. As pessoas simplesmente não concebem não comprar um carro na vida. Fora de cogitação. Comprometem a quase totalidade de seus orçamentos para isso, e não é por uma questão mera de transportar corpos. Ou, como dizem alguns cínicos, compraram o carro para ir trabalhar. Oras, que desprendimento... Meu trabalho não merece que eu faça este esforço. Talvez eu deva mudar de trampo.
COM RELAÇÃO AO ASSUNTO DO POST
Um jornal de bairro fez uma enquete e sua conclusão é:
"Povo acha que pedestre deve ser multado"
( 1 ) A tal campanha demagógica da Prefeitura paulistana que parece ter feito de propósito, só para jogar os motoristas contra os pedestres. Aliás, parece ter surgido uma nova classe ( "tribo", diria alguma reportagem da Globo ), a dos pedestres. Os pedestres existiriam em função da existência do automóvel e em oposição a este, e não por ser, na verdade, a própria natureza do ser humano.
( 2 ) Ainda que eu duvide dos números, não posso deixar de dizer que, após o surgimento disso tudo, comecei a ler nas famigeradas seções de cartas de leitores nos jornais e revistas mensagens que vão nesse mesmo sentido, o de fiscalizar o pedestre folgado. A Prefeitura irá fiscalizar as calçadas impraticáveis de São Paulo? Não. Irá triplicar o número de amarelinhos como é clamorosamente necessário? Claro que não. Irá botar amarelinhos para fiscalizar os carros que ocupam as calçadas impraticáveis de São Paulo e obrigam o pedestre a andar pelo meio da rua por um motivo ou pelo outro? Irá fiscalizar as ruas cujo trânsito é local, e que recebem todo tipo de barbaridade cotidiana contra o caminhante, às vistas e conhecimento de todos os paulistanos? Reduzirá a velocidade máxima nestas vias? Não, não e não. O resultado prático é que o motorista atavicamente mau caráter paulistano começará a enxergar o pedestre como um privilegiado, não obstante o espaço nosso se reduzir a cada dia, exatamente para acondicionar os milhares de carros que saem das montadoras todo mês.
“Sou favorável a multa para os pedestres que não obedecem. A lei tem que ser igual. Muitas vezes o motorista tem responsabilidade nos acidentes, mas se o pedestre infringir as normas de trânsito vai contribuir para que o acidente aconteça”, Jucilene Soares, 21 anos, vendedora.
“O pedestre que ultrapassa uma via fora da faixa de segurança está desrespeitando as normas de trânsito e pondo em risco além da segurança pessoal a de outros como os motoristas. Consequentemente esse pedestre tem de ser multado” Paula Francine, 31 anos, pedagoga ( que jamais botaria as mãos em filho meu, pra não ensiná-lo errado ).
O totem do capital
Por Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa
O automóvel é um dos propulsores do desenvolvimento contemporâneo, mas a paixão desvairada por ele ameaça a natureza e a civilização.
Assim como os antigos sacrificavam colheitas, gado e até os filhos a ídolos e ícones aos quais seus sacerdotes atribuíam poderes imensos e uma profundidade insondável, a humanidade da era industrial sacrifica tempo, espaço, riquezas naturais e, às vezes, as próprias vidas a essas máquinas às quais os publicitários atribuem virtudes igualmente mágicas. Até as guerras empalidecem ante as estatísticas do trânsito, sem que isso inspire tanto horror quanto seria de esperar. Trata-se de sacrifícios humanos socialmente aceitos.
No mundo, os acidentes matam 1,2 milhão de pessoas por ano e ferem ou incapacitam outros 50 milhões. O custo material dessas tragédias é 518 bilhões de dólares por ano – 65 bilhões só nos países periféricos, mais do que recebem em ajuda externa. Segundo a Organização Mundial da Saúde, são a segunda maior causa de mortalidade global dos 5 aos 29 anos (depois das infecções respiratórias para as crianças e da Aids para os jovens) e a terceira dos 30 aos 44 (depois da Aids e da tuberculose). Nos países ricos, são a primeira causa até os 44 anos.
Do espaço disponível nas cidades dos EUA, 43% destina-se a ser usado não por seres humanos, mas por seus ídolos e algozes mecânicos: 33% para ruas e avenidas, 10% para estacionamentos. Considerando que há nesse país 770 automóveis por mil pessoas, pode-se dizer que cada carro dispõe de mais espaço para se movimentar do que cada pessoa dispõe para descansar, divertir-se, trabalhar e guardar o restante de suas posses. Como se chegou a isso?
Como atestaram o conto Mecanópolis de Miguel de Unamuno, em 1913, e a peça Robôs Universais Rossum, de Karel Capek, em 1921, assim como os filmes Metrópolis, de 1927, Alphaville, de 1965, Matrix, de 1999, e Eu, Robô, de 2004, o imaginário da civilização industrial é assombrado com cada vez mais freqüência pelo vago temor de máquinas a dominar ou a substituir a espécie humana.
Na maioria das vezes, tais máquinas são imaginadas como robôs ou andróides invencíveis ou como computadores de inteligência sobre-humana. Entretanto, na medida em que essa ansiedade responde a algo de real, não se trata de verdadeiras máquinas autoconscientes, mas sim da característica do capitalismo de estabelecer relações de produção não de ser humano para ser humano, como nas antigas sociedades escravistas e feudais, mas por meio de objetos – de mercadorias cobiçadas como símbolo de status a máquinas usadas na produção.
Assim como certas religiões transformam simples objetos – estátuas, símbolos, livros – em fetiches e ídolos com vontade e poderes próprios, o mesmo faz o capitalismo. O fetichismo ou personalização da mercadoria, núcleo do primeiro capítulo de O Capital, certamente não está entre os conceitos de Marx que se tornaram obsoletos. O mesmo pode-se dizer de sua contrapartida, a destituição do ser humano de si mesmo, sua coisificação: são tendências hoje muito mais irresistíveis do que eram em 1867.
Cada vez mais, o operário trabalha não para um patrão humano, mas para uma empresa impessoal que não parece ser mais que um capital, um amontoado de máquinas e outros ativos. Segundo o jornalismo econômico, decisões econômicas que podem conduzir uma nação inteira ao crescimento ou ao colapso não são tomadas por banqueiros e investidores poderosos, mas por um misterioso conjunto de papéis, telas e computadores chamado "mercado".
Mais ainda, a se acreditar nos publicitários e nos gurus da auto-ajuda e da "psicologia evolucionária", o desejo é condicionado – não pela sociedade, mas pela própria natureza – a reagir menos às características físicas, afetivas e sociais do parceiro que às suas posses materiais.
O popular psicólogo David Buss é um desses que dão verniz científico ao senso comum das classes médias condicionadas a competir e consumir – mais precisamente, dos universitários estadunidenses que respondem às suas pesquisas. Afirma que as mulheres, de qualquer classe e cultura, valorizam em primeiro lugar as boas possibilidades financeiras do parceiro. Ou, como dizem portadores da mesma síndrome em terras bandeirantes, "quem gosta de homem é gay, mulher gosta é de ‘karatê’ – cara ter poder, cara ter dinheiro, cara ter carro".
Como o poder só se faz evidente nas celebridades, como o saldo bancário não vem escrito na testa, como as roupas e os modos são indicadores cada vez menos confiáveis de condição social, o carro passou a ser, por excelência, o atestado visível e móvel de classe e riqueza – e, ao menos na fantasia de seus donos, também de direito ao amor, ao respeito e à inveja do próximo. Desde as primeiras transmissões de tevê e os primeiros salões de automóvel, os publicitários associam sistematicamente automóveis a belas modelos. A ponto de que, para o paulista, uma mulher desejável é uma "máquina" – um carro, é claro. Se for muito desejável, um "avião" – luxo para poucos, admite-se com um suspiro.
No início da genealogia da cultura de ansiedade a respeito das máquinas talvez se possa pôr O Homem de Areia, de E.T.A. Hoffmann. Escrito em 1816, inspirou um famoso ensaio de Sigmund Freud, O Estranho (Das Unheimliche), e foi considerado o primeiro conto de ficção científica da história por Isaac Asimov, o autor dos livros que inspiraram Eu, Robô.
Um professor de Física apresenta a filha Olímpia aos alunos. É bela, canta bem e presta muita atenção ao interlocutor, sem bocejar ou dar qualquer sinal de tédio ou distração. O olhar é vazio e a fala escassa – seguidos "ah, ah", de concordância, no final, um "boa noite, querido" –, mas isso deixa o protagonista ainda mais cativado por tal alma misteriosa e profunda, única a compreender seus sentimentos e elucubrações e aceitá-los sem restrições. Mas a amada vem a ser apenas um autômato – um robô, diríamos hoje – e a descoberta o leva à loucura.
No conto de Hoffmann, só o romântico e perturbado Natanael se deixa seduzir pela máquina. Os colegas são iludidos pela aparência de vida e vêem a beleza, mas a aparente estupidez e inexpressividade os mantêm a distância e sua estranheza os amedronta. Hoje, ao contrário, unheimlich é não se deixar seduzir, não lutar pela(s) melhor(es) máquina(s) que a renda familiar permita manter.
Resultado: do consumo de petróleo nos países desenvolvidos, causa principal do aquecimento global que ameaça o equilíbrio ecológico e o futuro da civilização, os veículos representavam 42% em 1973. Em 2000, sua participação havia aumentado para 58% e essa porcentagem tende a aumentar. Hoje, o consumo de petróleo na indústria e na geração de eletricidade é relativamente estável e a maior parte do crescimento da demanda está relacionado aos transportes. Não se trata apenas da operação do veículo propriamente dita: esta representa dois terços do consumo, mas outro terço está relacionado à fabricação e manutenção dos veículos e à construção de infra-estrutura (ruas, estradas, estacionamentos, postos de serviços) para possibilitar o seu uso.
Na maior parte (85%), isso significa transporte sobre pneus: ferrovias, navios e aviões representam só 15%. Por trás da magia dos fetiches e do discurso publicitário da elegância e da aerodinâmica, o automóvel é um meio de transporte extremamente ineficiente. Apesar dos aperfeiçoamentos introduzidos desde o choque do petróleo dos anos 70, só 12% do combustível produz movimento útil. O resto é perdido pelo sistema de refrigeração do motor ou desperdiçado em escapamento, freagem ou atrito no motor, transmissão e eixos. Da energia posta em movimento, talvez 5% a 20%, dependendo do veículo e da ocupação, é para transportar pessoas e seus pertences: o resto movimenta a própria massa do carro. Noves fora, um carro é 1% transporte e 99% desperdício e exibição.
Em sua primeira visita à Terra, um extraterrestre pouco sofisticado poderia julgar que o automóvel é a espécie dominante do planeta e que os humanos são seus escravos, sem fazer muita distinção entre culturas. Na verdade, há graus de devoção: europeus e asiáticos são mais comedidos. Satisfazem-se com carros menores e investem muito em transporte coletivo, criando e mantendo eficientes e velozes trens de passageiros e amplas redes de transporte metropolitano.
Já os americanos – estadunidenses, sobretudo, mas também os brasileiros mais remediados – entregam-se ao culto sem reservas e procuram reprimir as heresias. Salvo por melancólicas estações de subúrbio, os trens de passageiros foram abolidos ou relegados a museus. Os metrôs, quando existem, são embrionários.
Nos anos 20, Henry Ford provocou a maior revolução nos métodos de produção, gestão e regulação do capitalismo desde a invenção da máquina a vapor. A organização racional do trabalho, com otimização e controle minucioso dos tempos e métodos gastos em cada operação, havia sido proposta e implementada pelo engenheiro Frederick Taylor em 1911, mas dependia muito de fiscalização e supervisão por intermediários. De um só golpe, a linha de montagem de Ford deu forma material e objetiva ao controle e o tornou praticamente automático. Em vez de ser simplesmente apressado pelo contramestre, o operário tinha de correr para acompanhar o ritmo da esteira, como Carlitos em Tempos Modernos.
Ford não se satisfez com o controle absoluto do processo produtivo em suas fábricas: pretendeu também moldar a sociedade e em certa medida o conseguiu. Para viabilizar fábricas na escala necessária para produzir automóveis em ritmo de linha de montagem, abriu mão do controle direto pessoal do capital e deu impulso à multiplicação das sociedades anônimas que na época ainda eram exceção, mas hoje respondem pela maior parte da economia.
Enquanto o aumento de produtividade reduzia o preço do produto, Ford conscientemente melhorava a remuneração de seus empregados em relação aos padrões da época e os incentivava a adquirir seus automóveis, dando a partida ao modelo de crescimento que respondeu pelos "anos dourados" do capitalismo do pós-guerra ao se espalhar por todo o mundo industrializado ou em vias de industrialização, uma vez que os governos compreenderam a natureza do novo processo e começaram a aplicar as ferramentas keynesianas adequadas à sua coordenação e regulação em escala nacional.
Na versão tropical desses já velhos bons tempos, Juscelino Kubitschek fez o Brasil mergulhar de cabeça na revolução fordista. No início dos "50 anos em 5", havia apenas um punhado de veículos importados e uma só estrada asfaltada de extensão razoável, a via Dutra. Ao final, várias montadoras estadunidenses e européias estavam instaladas no ABC paulista, cujos produtos podiam, bem ou mal, rodar o país de Belém ao Chuí. Entretanto, as ferrovias, embora tivessem ainda destaque em seu Plano de Metas, foram praticamente abandonadas – e a ditadura militar não fez mais do que aprofundar esse modelo montado, no qual o Brasil se tornou o maior pólo industrial da América Latina, deixando para trás pioneiros como o México e a Argentina.
Nem todas as idéias de Ford foram igualmente bem-sucedidas. Com o objetivo de eliminar a embriaguez, reduzir as faltas ao trabalho e aumentar ainda mais a produtividade, deu um apoio à proibição do álcool que foi decisivo para a vitória da Lei Seca, mas o resultado, como se sabe, foi uma catástrofe social. O excesso de puritanismo de Ford foi-lhe contraproducente também em outros aspectos. Por ver o carro sob o aspecto funcional, e padronizar ao máximo para baratear seu custo ("Você pode ter seu modelo T de qualquer cor, desde que seja preto"), deixou de explorar todo o potencial do automóvel como símbolo de distinção social e fetiche erótico. Coube à General Motors descobrir esse filão e tomar a liderança.
Ainda assim, Ford fundou a sociedade de consumo. Se Lenin foi um grande admirador de Taylor, Stalin teceu elogios ainda maiores aos métodos de Ford. O escritor Aldous Huxley chegou a imaginar que a revolução fordista duraria para sempre e acabaria por absorver tanto o capitalismo liberal quanto o socialismo: seu Admirável Mundo Novo, escrito em 1932, passa-se no ano 632 d.F. (depois de Ford), quando as pessoas, em vez do sinal-da-cruz, fazem um T.
A era Ford, porém, não durou tanto: a partir dos anos 70, o acirramento da competição internacional pôs abaixo o modelo de planejamento em escala nacional, no qual se podia confiar que praticamente todos os aumentos concedidos aos trabalhadores seriam gastos em produtos nacionais e engordariam o lucro e o capital dos seus empregadores. Juntamente com as crises do dólar e do petróleo, também desmontou a expectativa de que a modernização e o crescimento econômico avançariam, qual linha de montagem, em ritmo previsível e planejável.
Voltada para o mercado externo e pronta para reagir imediatamente a mudanças de conjuntura e de preferências, a grande indústria esforçou-se para livrar-se de seus operários, reduzir seus salários e adotar sistemas de produção mais flexíveis e adaptáveis, enquanto governos e organizações multilaterais davam atestado de óbito ao keynesianismo e aderiam ao neoliberalismo selvagem. Mais uma vez, porém, as montadoras deram o mote e o nome à nova fase do capitalismo: trata-se agora de toyotismo. Mudaram os ritos e os profetas, não os deuses.
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